Texto e fotos: DPJAveiro
A conversa com as Irmãs ajudou a conhecer um modo de dedicação a Deus e às pessoas, por quem rezam.
Jovens da Diocese de Aveiro em conjunto com a equipa do DPJA (Departamento da Pastoral Juvenil de Aveiro) dirigiram-se no passado dia 8 de junho ao Carmelo de Cristo Redentor, em São Bernardo (Aveiro), e puderam conhecer sobre este espaço único com tantas particularidades.
Não é todos os dias que é possível conversar e questionar as irmãs do Carmelo sobre as suas motivações, o seu dia-a-dia e as limitações sociais de viverem enclausuradas.
Ainda antes de iniciar as atividades com as irmãs, os jovens refletiram sobre o que esperavam com a visita ao Carmelo e quais as suas expectativas.
Depois de uma oração já na companhia das irmãs, foi a vez de conhecermos melhor o Convento através das palavras da Irmã Sofia, a madre do Convento do Carmelo. Começou por explicar o que significa a palavra “convento”, que, tal como é percetível, é um lugar com vento, “com o Espírito Santo”.
Rezar pelas pessoas é a grande missão das irmãs que acreditam que fazem como na Bíblia, quando colocaram o paralítico diante de Jesus, para Ele interceder da melhor maneira. Comparam-se ainda com Moisés, uma vez que segundo a Irmã Sofia estão de mãos levantadas e braços abertos, abraçando o mundo inteiro.
Na sala de visitas foi possível conhecer quase todas as irmãs que vivem no convento. Os jovens puderam questionar sobre as dúvidas e curiosidade que tinham. Sobre as limitações sociais, as irmãs referem que lhes distraem o objetivo principal e que põem em causa a sua vocação e que, por isso, estão distanciadas delas. No entanto, não vivem numa bolha. Têm acesso ao jornal diário e até usam a internet para ter conhecimento das notícias atuais e para formação: encontram-se numa formação online todos os anos com as outras comunidades. Apesar de haver horas concretas para algumas atividades, as irmãs confessam que o seu dia-a-dia é sempre diferente e até gostavam que fosse mais rotineiro para poderem descansar. Realizam todo o tipo de atividades, desde tratar dos animais a cozinhar ou ir às compras, nas poucas vezes que saem. Estão autorizadas para ir votar, assim como para ir ao médico. Nas datas importantes não se poupam na festa e dançam, fazem teatro e cantam. Confessam não conhecer muitas bandas atuais, mas acreditam que elas próprias são música e, por isso, escrevem letras e constroem a sua melodia. Segundo as suas palavras, não há “dias menos bons”. Todos os dias são uma dádiva que vivem em comunidade e família, entre as 18 irmãs que vivem no Carmelo de Cristo Redentor.