In Memoriam
António Mário Costa
Professor, Organista, Maestro, Membro da Comissão Diocesana da Cultura
Domingos Peixoto
A diocese de Aveiro está mais pobre: perdeu o maestro titular/fundador do coro da sua catedral, desde a criação, em 2009.
A diocese do Porto está mais pobre: perdeu o responsável pelo coro do Seminário Maior e o organista titular da sua catedral, nomeado em Outubro de 1995.
A música e a cultura aveirense estão mais pobres, com a perda de um dos seus elementos mais activos:
– Professor de Órgão e ATC do Conservatório desde Setembro de 1994,
– Maestro do Coro de Santa Joana Princesa desde Setembro de 2002, à frente do qual venceu o Concurso Internacional de Coros de La Felguera – em Oviedo,
– Maestro fundador (2002) do coro de câmara Capella Antiqua,
– Maestro de orquestras e coros em diversas manifestações culturais, dentro e fora de Aveiro.
Na comunidade aveirense, todos estamos mais pobres: perdemos um músico profissional competente e dedicado, perdemos um amigo, perdemos um Homem Bom, um Homem de Igreja.
O Prof. António Mário Costa teve uma formação específica no campo da música sacra e do ensino. De 1989 a 1994 estudou Órgão e Direcção de Coro com os professores Franz Stoiber e Roland Buchner, respectivamente, tendo concluído, em Julho de 1993, o curso superior de música sacra na Escola Superior de Música Sacra de Regensburg (Alemanha) e, um ano mais tarde, a licenciatura pedagógica em Órgão, na Escola Superior de Música de Munique.
Foi professor de canto gregoriano na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (pólo do Porto) e, de 1994 a 2000, director artístico do coro da instituição. De 1991 a 1998, foi professor dos cursos nacionais de música sacra (Fátima).
Foram muito numerosos os concertos em que se apresentou, quer como organista, quer como director de coro ou orquestra, em várias localidades de Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha. Um destaque para os concertos com obras corais-sinfónicas, à frente da Orquestra Filarmonia das Beiras.
Ser eu a escrever esta nota de homenagem foi algo que, segundo a ordem natural da vida, nunca imaginei que pudesse acontecer. Mas os caminhos de Deus não são os nossos e Ele colhe os frutos maduros sem olhar ao tempo.
Deus o tenha em sua Paz
e guarde os seus entes queridos.