Oratório Peregrino
Um oratório à maneira de um viático para tempos de carestia
Uma proposta desenvolvida em parceria com
Irmãs do Carmelo de Cristo Redentor – Aveiro
XLVIII Passo | Céu
«Fez-me então compreender que, no Céu, Deus daria aos seus eleitos tanta glória quanta eles pudessem receber, e que assim, o último nada teria a invejar ao primeiro» (A 19 v).
«Se Deus realizar os meus desejos, o meu Céu passar-se-á sobre a terra até ao fim do mundo. Sim, quero passar o meu Céu a fazer o bem sobre a terra. Não é nada de impossível, pois que, no seio mesmo da visão beatífica, os Anjos velam por nós.
Não posso fazer do Céu uma festa de regozijo para mim, não posso descansar enquanto houver almas para salvar… Mas quando o Anjo tiver dito: «O tempo acabou!» então descansarei, poderei gozar, porque o número dos eleitos estará completo e todos terão entrado na alegria e no descanso. O meu coração estremece com esta ideia…» (UC 17, 1).
«É portanto no Céu que saberemos quais são os nossos títulos de nobreza. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece; e aquele que na terra tenha querido ser o mais pobre, o mais esquecido por amor de Jesus, esse será o primeiro, o mais nobre e o mais rico!…» (A 56 r).
«Morrer de Amor, eis a minha esperança
Quando vir quebrarem-se os meus laços
O Meu Deus será a minha grande Recompensa
Não anseio possuir outros bens.
Quero ser abrasada pelo seu amor
Quero vê-Lo, unir-me a Ele para sempre
Eis o meu Céu… eis o meu destino:
Viver de Amor!!!…..» (P 17, 15).
«Quando sonho com as alegrias da outra vida
Do meu exílio já não sinto o peso
Visto que em breve para a minha Pátria
Eu voarei pela primeira vez!……» (P 33, 1).
«Que ventura pensar que no Céu estaremos reunidos para não mais nos separarmos, sem esta esperança a vida não seria suportável!…» (Ct 59).
«Tu bem sabes que o meu único martírio
É o teu amor, Coração Sagrado de Jesus.
Pelo teu belo Céu, se a minha alma anseia
É para te amar, amar cada vez mais!…
No Céu, sempre inebriada de ternura
Amar-Te-ei sem medida nem leis
A minha felicidade parecer-me-á sem cessar
Tão nova como a primeira vez!!!…» (P 33, 4).
«Oh! sim sejamos apenas um com Jesus, desprezemos tudo o que passa, os nossos pensamentos devem dirigir-se ao Céu pois é lá a morada de Jesus» (Ct 65).
«Na terra do Egipto, parece-me, ó Maria
Que na pobreza o teu coração continua feliz,
Pois não é Jesus a nossa formosa Pátria,
Que te importa o exílio se tu possuis os Céus?…» (P 54, 13).
«Oh! a pátria… a pátria!… Como tenho sede do Céu, onde amaremos Jesus sem reservas!… Mas é preciso sofrer e chorar para lá chegar» (Ct 79).
«Somos maiores do que o universo inteiro, um dia nós próprios teremos uma existência Divina…» (Ct 83).
«O meu Céu é sentir em mim a semelhança
Do Deus que me criou com o seu Sopro Poderoso
O meu Céu é ficar sempre na sua presença
Chamar-Lhe meu Pai e ser sua filha
Nos seus braços Divinos, não receio a tempestade
O total abandono é a minha única lei.
Dormitar no seu Coração, bem junto do seu Rosto
Eis o meu Céu!…» (Ct 32, 4).
«A vida passa… A eternidade avança a passos largos… bem depressa viveremos da mesma vida de Jesus… depois de termos sido dessedentadas na fonte de todas as amarguras, seremos deificadas na própria fonte de todas as alegrias, de todas as delícias… Em breve, com um só olhar poderemos compreender o que se passa no íntimo do nosso ser!» (Ct 85).
«Um dia iremos para o Céu, para sempre, já não haverá então dia nem noite como neste mundo… Oh! que alegria, caminhemos em paz olhando para o Céu, o ÚNICO fim dos nossos trabalhos. A hora do descanso aproxima-se» (Ct 90).
«Reparemos nos negociantes como trabalham para ganharem dinheiro, e nós, nós podemos amontoar tesouros para o céu a cada momento sem nos cansarmos tanto, basta-nos apanhar diamantes com um ANCINHO» (Ct 91).
«Um dia o Deus reconhecido exclamará: “Agora é a minha vez”. Oh! que veremos então?… O que é essa vida que já não terá fim?… Deus será a alma da nossa alma… mistério insondável… O olhar do homem não viu nunca a luz incriada, os seus ouvidos não ouviram as incomparáveis harmonias e o seu coração não pode pressentir o que Deus reserva para aqueles que ama» (Ct 94).
«O ano que acaba de passar foi bom, sim foi precioso para o céu, oxalá aquele que vem lhe seja semelhante!…» (Ct 101).
«Oh! como é doce pensar que navegamos para a margem eterna!…» (Ct 173).
«A única coisa que desejo, é a vontade de Deus, e confesso que se no Céu já não pudesse trabalhar para a sua glória, preferiria o exílio à pátria» (Ct 220).
«Conto não ficar inactiva no Céu, o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas, peço isto a Deus e estou certa de que Ele mo concederá. Não estão os Anjos continuamente ocupados connosco sem nunca cessarem de ver a Face divina, de se perderem no Oceano sem limites do Amor? Porque havia Jesus de me permitir que os imitasse?» (Ct 254).
«O sofrimento tornou-se o meu Céu cá na terra e tenho verdadeiramente dificuldade em imaginar como poderei adaptar-me num País onde a alegria reina sem qualquer sombra de tristeza» (Ct 254).
«O que me atrai para a Pátria dos Céus é o chamamento do Senhor, é a esperança de o amar enfim como tanto tenho desejado e o pensamento de que O poderei fazer amar por uma multidão de almas que hão-de bendizê-l’O eternamente» (Ct 254).
«Não queria entrar no Céu um minuto mais cedo por minha própria vontade» (Ct 257).
«O pensamento da felicidade celeste, não só não me causa nenhuma alegria, como até pergunto a mim mesma, às vezes, como me será possível ser feliz sem sofrer. Jesus, sem dúvida, mudará a minha natureza, de outra forma eu sentiria a falta do sofrimento e do vale de lágrimas» (Ct 258).
«Deveis viver por antecipado nos Céus, pois foi dito: “Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração”. Não é Jesus o vosso único Tesouro? Se Ele está no Céu, é lá que tem de habitar o vosso coração» (Ct 261).
Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face