Sex. Abr 18th, 2025

D. António Moiteiro preside às celebrações do Tríduo Pascal na Sé de Aveiro. As celebrações principais do calendário litúrgico, na catedral aveirense, terão transmissão em direto em www.diocese-aveiro.pt e nas redes socias da diocese.

Na Quinta-feira Santa, às 10h00 o bispo de Aveiro preside à Missa Crismal durante a qual todos os padres farão a renovação dos compromissos sacerdotais e na qual serão benzidos os Santos Óleos, utilizados no Batismo, na Unção dos Doentes e no Crisma.

O Tríduo Pascal inicial pelas 21h30, com a Missa Vespertina da Ceia da Senhor.

Na Sexta-feira Santa há oração de Laudes às 09h30 e a Celebração da Paixão e Morte do Senhor às 17h30. Pelas 21h30 inicia a Procissão do Enterro do Senhor, pelas ruas da cidade.

O Sábado Santo começa com oração de Laudes às 09h30 e para as 21h30 está marcada a Vigília Pascal.

Domingo de Ramos
Eucaristia às 11 H, com bênção dos ramos na Capela de S. Francisco

Quinta-Feira Santa
Missa crismal às 10H*
Ceia do Senhor às 21:30H*

Sexta-Feira Santa
Laudes às 9 H
Celebração da Paixão do Senhor às 17:30H*
Procissão do Enterro do Senhor às 21:30H

Sábado Santo
Laudes às 9 H
Vigília Pascal às 21:30 H*

*com transmissão em direto em www.diocese-aveiro.pt

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Missa Crismal, Sé de Aveiro (2019)

Missa Crismal | Quinta-feira, 10h00

Toda a eficácia dos Sacramentos deriva do Sacrifício de Cristo (S.C. 62), que se remova e continua pela Eucaristia. Por isso a Igreja consagra o Santo Crisma para as unções do Batismo e da Confirmação e benze os óleos tradicionalmente chamados dos catecúmenos e dos enfermos, na Missa celebrada pelo Bispo, na igreja catedral, na manhã de Quinta-feira Santa.

Este é um rito próprio do Bispo, como sucessor dos Apóstolos e o primeiro servidor da Igreja local, em volta do qual se reúnem, para em ele celebrar a Eucaristia, os Sacerdotes dos diversos lugares e ministérios da diocese.

Através dos Santos Óleos, por ele benzidos nesta Missa Crismal e pelo Sacerdotes levados para todas as paróquias, o Bispo “fundamento da unidade da sua Diocese” (L.G. 23) estará presente ao Batismo, à Confirmação, à Unção dos Enfermos.

Unidos no único Sacerdócio de Jesus Cristo, Bispos e Sacerdotes são, porém, simples instrumentos, “servos do Mistério”. Quem, por intermédio deles, age na Igreja é o Espírito de Jesus, o Espírito Santo, como o sublinha toda a liturgia da Missa Crismal.

Renovando, na Missa Crismal, o seu compromisso de serviço à comunidade dos crentes, os Sacerdotes reafirmam o seu desejo de fidelidade ao Espírito Santo, que receberam com a imposição das mãos.

Lava-pés, na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, Sé de Aveiro (2019)

Missa Vespertina da Ceia do Senhor | Quinta-feira, 21h30

«(…) À noite, entrando no Tríduo Pascal, a comunidade cristã revive na Missa in Cena Domini o que aconteceu na última Ceia. No Cenáculo o Redentor quis antecipar, no Sacramento do pão e do vinho transformados no seu Corpo e no seu Sangue, o sacrifício da sua vida: ele antecipa esta sua morte, entrega livremente a sua vida, oferece o dom definitivo de si à humanidade. Com o lava-pés, repete-se o gesto com que Ele, tendo amado os seus, os amou até ao extremo (cf. Jo 13, 1) e deixou aos discípulos como seu distintivo este ato de humildade, o amor até à morte. Depois da Missa in Cena Domini, a liturgia convida os fiéis a estar em adoração do Santíssimo Sacramento, revivendo a agonia de Jesus no Getsémani. E vemos como os discípulos dormiram, deixando o Senhor sozinho. Também hoje nós, seus discípulos, muitas vezes dormimos. Nesta noite santa do Getsémani queremos estar vigilantes, não queremos deixar o Senhor sozinho nesta hora; assim podemos compreender melhor o mistério da Quinta-Feira Santa, que inclui o tríplice dom do Sacerdócio ministerial, da Eucaristia e do mandamento novo do amor. (…)» 

Bento XVI – Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de abril de 2007

Celebração da Paixão e Morte do Senhor, Sé de Aveiro (2019)

Celebração da Paixão e Morte do Senhor | Sexta-feira, 17h30

«(…) A Sexta-Feira Santa, que comemora os eventos que vão da condenação à morte até à crucifixão de Cristo, é um dia de penitência, de jejum e de oração, de participação na Paixão do Senhor. Na hora estabelecida, a Assembleia cristã percorre, com a ajuda da Palavra de Deus e dos gestos litúrgicos, a história da infidelidade humana ao desígnio divino, que, contudo, se realiza precisamente assim, e ouve de novo a narração comovedora da Paixão dolorosa do Senhor. Dirige depois ao Pai celeste a longa “oração dos fiéis”, que inclui todas as necessidades da Igreja e do mundo. Em seguida, a Comunidade adora a Cruz e aproxima-se da Eucaristia, consumando as espécies sagradas conservadas da Missa in Cena Domini do dia anterior. Ao comentar a Sexta-Feira Santa, São João Crisóstomo observa: “Primeiro a cruz significava desprezo, mas hoje é esperança de salvação. Tornou-se verdadeiramente fonte de bens infinitos; libertou-nos do erro, dissipou as nossas trevas, reconciliou-nos com Deus, transformou-nos de inimigos em seus familiares, de estrangeiros em seus próximos: esta cruz é a destruição da inimizade, a fonte da paz, o cofre do nosso tesouro (De cruce et latrone I, 1, 4). (…)» 

Bento XVI – Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de abril de 2007

Vigília Pascal, Sé de Aveiro (2019)

Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor | Sábado, 21h30

«Quando a noite já estiver avançada iniciará a solene Vigília pascal, durante a qual em todas as Igrejas o cântico jubiloso do Glória e do Aleluia pascal se elevará do coração dos novos batizados e de toda a comunidade cristã, feliz porque Cristo ressuscitou e venceu a morte.»

Bento XVI – Audiência Geral de Quarta-Feira, 12 de abril de 2006

«A Igreja vela ao lado do novo fogo abençoado e medita a grande promessa, contida no Antigo e no Novo Testamento, da libertação definitiva da antiga escravidão do pecado e da morte. Na escuridão da noite o círio pascal, símbolo de Cristo que ressuscita glorioso, é aceso pelo fogo novo. Cristo, luz da humanidade, afasta as trevas do coração e do espírito e ilumina cada homem que vem ao mundo. Ao lado do círio pascal ressoa na Igreja o grande anúncio pascal: verdadeiramente Cristo ressuscitou, a morte já não tem poder algum sobre Ele. Com a sua morte Ele derrotou o mal para sempre e fez dom a todos os homens da própria vida de Deus. Por uma antiga tradição, durante a Vigília Pascal, os catecúmenos recebem o Batismo, para ressaltar a participação dos cristãos no mistério da morte e da ressurreição de Cristo. Da resplandecente noite de Páscoa, a alegria, a luz e a paz de Cristo irradiam-se na vida dos fiéis de cada comunidade cristã e alcançam todos os pontos do espaço e do tempo.»

Bento XVI – Audiência Geral de Quarta-Feira, 19 de março de 2008