D. António Moiteiro preside às celebrações do Tríduo Pascal na Sé de Aveiro. As celebrações principais do calendário litúrgico, na catedral aveirense, terão transmissão em direto em www.diocese-aveiro.pt e nas redes socias da diocese.
Na Quinta-feira Santa, às 10h00 o bispo de Aveiro preside à Missa Crismal durante a qual todos os padres farão a renovação dos compromissos sacerdotais e na qual serão benzidos os Santos Óleos, utilizados no Batismo, na Unção dos Doentes e no Crisma.
O Tríduo Pascal inicial pelas 21h30, com a Missa Vespertina da Ceia da Senhor.
Na Sexta-feira Santa há oração de Laudes às 09h30 e a Celebração da Paixão e Morte do Senhor às 17h30. Pelas 21h30 inicia a Procissão do Enterro do Senhor, pelas ruas da cidade.
O Sábado Santo começa com oração de Laudes às 09h30 e para as 21h30 está marcada a Vigília Pascal.

Domingo de Ramos
Eucaristia às 11 H, com bênção dos ramos na Capela de S. Francisco
Quinta-Feira Santa
Missa crismal às 10H*
Ceia do Senhor às 21:30H*
Sexta-Feira Santa
Laudes às 9 H
Celebração da Paixão do Senhor às 17:30H*
Procissão do Enterro do Senhor às 21:30H
Sábado Santo
Laudes às 9 H
Vigília Pascal às 21:30 H*
*com transmissão em direto em www.diocese-aveiro.pt
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Missa Crismal | Quinta-feira, 10h00
Toda a eficácia dos Sacramentos deriva do Sacrifício de Cristo (S.C. 62), que se remova e continua pela Eucaristia. Por isso a Igreja consagra o Santo Crisma para as unções do Batismo e da Confirmação e benze os óleos tradicionalmente chamados dos catecúmenos e dos enfermos, na Missa celebrada pelo Bispo, na igreja catedral, na manhã de Quinta-feira Santa.
Este é um rito próprio do Bispo, como sucessor dos Apóstolos e o primeiro servidor da Igreja local, em volta do qual se reúnem, para em ele celebrar a Eucaristia, os Sacerdotes dos diversos lugares e ministérios da diocese.
Através dos Santos Óleos, por ele benzidos nesta Missa Crismal e pelo Sacerdotes levados para todas as paróquias, o Bispo “fundamento da unidade da sua Diocese” (L.G. 23) estará presente ao Batismo, à Confirmação, à Unção dos Enfermos.
Unidos no único Sacerdócio de Jesus Cristo, Bispos e Sacerdotes são, porém, simples instrumentos, “servos do Mistério”. Quem, por intermédio deles, age na Igreja é o Espírito de Jesus, o Espírito Santo, como o sublinha toda a liturgia da Missa Crismal.
Renovando, na Missa Crismal, o seu compromisso de serviço à comunidade dos crentes, os Sacerdotes reafirmam o seu desejo de fidelidade ao Espírito Santo, que receberam com a imposição das mãos.

Missa Vespertina da Ceia do Senhor | Quinta-feira, 21h30
«(…) À noite, entrando no Tríduo Pascal, a comunidade cristã revive na Missa in Cena Domini o que aconteceu na última Ceia. No Cenáculo o Redentor quis antecipar, no Sacramento do pão e do vinho transformados no seu Corpo e no seu Sangue, o sacrifício da sua vida: ele antecipa esta sua morte, entrega livremente a sua vida, oferece o dom definitivo de si à humanidade. Com o lava-pés, repete-se o gesto com que Ele, tendo amado os seus, os amou até ao extremo (cf. Jo 13, 1) e deixou aos discípulos como seu distintivo este ato de humildade, o amor até à morte. Depois da Missa in Cena Domini, a liturgia convida os fiéis a estar em adoração do Santíssimo Sacramento, revivendo a agonia de Jesus no Getsémani. E vemos como os discípulos dormiram, deixando o Senhor sozinho. Também hoje nós, seus discípulos, muitas vezes dormimos. Nesta noite santa do Getsémani queremos estar vigilantes, não queremos deixar o Senhor sozinho nesta hora; assim podemos compreender melhor o mistério da Quinta-Feira Santa, que inclui o tríplice dom do Sacerdócio ministerial, da Eucaristia e do mandamento novo do amor. (…)»
Bento XVI – Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de abril de 2007

Celebração da Paixão e Morte do Senhor | Sexta-feira, 17h30
«(…) A Sexta-Feira Santa, que comemora os eventos que vão da condenação à morte até à crucifixão de Cristo, é um dia de penitência, de jejum e de oração, de participação na Paixão do Senhor. Na hora estabelecida, a Assembleia cristã percorre, com a ajuda da Palavra de Deus e dos gestos litúrgicos, a história da infidelidade humana ao desígnio divino, que, contudo, se realiza precisamente assim, e ouve de novo a narração comovedora da Paixão dolorosa do Senhor. Dirige depois ao Pai celeste a longa “oração dos fiéis”, que inclui todas as necessidades da Igreja e do mundo. Em seguida, a Comunidade adora a Cruz e aproxima-se da Eucaristia, consumando as espécies sagradas conservadas da Missa in Cena Domini do dia anterior. Ao comentar a Sexta-Feira Santa, São João Crisóstomo observa: “Primeiro a cruz significava desprezo, mas hoje é esperança de salvação. Tornou-se verdadeiramente fonte de bens infinitos; libertou-nos do erro, dissipou as nossas trevas, reconciliou-nos com Deus, transformou-nos de inimigos em seus familiares, de estrangeiros em seus próximos: esta cruz é a destruição da inimizade, a fonte da paz, o cofre do nosso tesouro (De cruce et latrone I, 1, 4). (…)»
Bento XVI – Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de abril de 2007

Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor | Sábado, 21h30
«Quando a noite já estiver avançada iniciará a solene Vigília pascal, durante a qual em todas as Igrejas o cântico jubiloso do Glória e do Aleluia pascal se elevará do coração dos novos batizados e de toda a comunidade cristã, feliz porque Cristo ressuscitou e venceu a morte.»
Bento XVI – Audiência Geral de Quarta-Feira, 12 de abril de 2006
«A Igreja vela ao lado do novo fogo abençoado e medita a grande promessa, contida no Antigo e no Novo Testamento, da libertação definitiva da antiga escravidão do pecado e da morte. Na escuridão da noite o círio pascal, símbolo de Cristo que ressuscita glorioso, é aceso pelo fogo novo. Cristo, luz da humanidade, afasta as trevas do coração e do espírito e ilumina cada homem que vem ao mundo. Ao lado do círio pascal ressoa na Igreja o grande anúncio pascal: verdadeiramente Cristo ressuscitou, a morte já não tem poder algum sobre Ele. Com a sua morte Ele derrotou o mal para sempre e fez dom a todos os homens da própria vida de Deus. Por uma antiga tradição, durante a Vigília Pascal, os catecúmenos recebem o Batismo, para ressaltar a participação dos cristãos no mistério da morte e da ressurreição de Cristo. Da resplandecente noite de Páscoa, a alegria, a luz e a paz de Cristo irradiam-se na vida dos fiéis de cada comunidade cristã e alcançam todos os pontos do espaço e do tempo.»
Bento XVI – Audiência Geral de Quarta-Feira, 19 de março de 2008