Ter. Abr 30th, 2024
Notícia e fotos recolhidas da Agência Ecclesia

«Percorrermos juntos este caminho para construir o futuro, para vermos caminhos novos que temos de construir», afirmou D. António Moiteiro

O bispo de Aveiro afirmou que está “contente” com a adesão das peregrinações jubilares dos arciprestados à Sé, realizadas no contexto do Jubileu da Catedral, na véspera da última peregrinação realizada este domingo.

“Eu estou contente com as peregrinações; a média por arciprestados tem sido à volta de 500, 600 participantes em cada peregrinação. Tem sido muito bem, e sobretudo, como é no sábado de tarde ou no domingo de tarde, as catequeses e os jovens têm vindo em número bastante elevado, o que é também muito significativo”, disse D. António Moiteiro, este sábado, no final da Peregrinação Jubilar de Vagos, em declarações à Agência ECCLESIA.

O bispo de Aveiro salientou que também os sacerdotes têm, “todos, acompanhando as suas paróquias, de todos os arciprestados”.

No dia 13 de maio de 2023, a Diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a sua catedral, a igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, a 13 de maio de 1423, mais tarde chamada de igreja de São Domingos, e começou a viver um ano jubilar.

“Foi essa a razão do jubileu. Aquilo que nos levou a pedir a graça do jubileu e a realizá-lo, foi na linha da sinodalidade que temos vindo a construir na diocese, que o jubileu fosse um tempo de festa, mas um tempo de caminhada em conjunto”, acrescentou.

No âmbito do Jubileu da Catedral da Diocese de Aveiro foi preparado um programa celebrativo e um programa cultural, com peregrinações, conferências, encenações teatrais, concertos musicais e exposições.

O bispo de Aveiro lembra que cada arciprestado (conjunto de paróquias) foi convidado a ir à catedral em peregrinação por causa do Ano Jubilar, “da graça do jubileu”, e “a todas as paróquias foram propostas três catequeses de preparação sobre o que é Igreja, o que é o jubileu, para uma preparação mais próxima”.

D. António Moiteiro explica que cada peregrinação arciprestal “começa sempre na igreja da Misericórdia”, porque, em 1774, quando a Diocese de Aveiro foi criada, “na primeira etapa da sua existência”, esta igreja era a “catedral da diocese, onde estão sepultados os primeiros dois bispos”; depois, a diocese foi extinta no século XIX e restaurada em 1938.

A peregrinação começa na igreja da Misericórdia, depois passam pelo Museu de Aveiro, “o museu-convento de Santa Joana”, que “é muito importante, ela é a padroeira da diocese”, e querem que o seu culto chegue a toda a diocese, “sobretudo, imitando-a naquilo que tem de proposta de santidade”.

“E depois, o bispo acolha na sua Igreja Catedral todos os peregrinos e celebramos a Eucaristia”, acrescenta.

‘Igreja de Aveiro, peregrina na esperança’, é o lema que vai “marcar o ritmo” da Diocese de Aveiro nos três próximos anos, de 2024 a 2027; a abertura oficial deste ano pastoral 2023-2024, o ano 0, realizou-se no dia 5 de outubro,

“E, este ano pastoral, foi o jubileu que marcou os grandes momentos celebrativos e as etapas pastorais da diocese. E isto, para nós, tem sido muito importante, porque é uma forma de construir a comunhão e é uma forma de percorrermos juntos este caminho, sob ação do Espírito Santo, para construir o futuro, para vermos caminhos novos que temos de construir.”

O Papa Pio XI restaurou a Diocese de Aveiro, com a bula Omnium Ecclesiarum, de 24 de agosto de 1938, e, no dia 11 de dezembro do mesmo ano, D. João Evangelista de Lima Vidal “executou essa bula papal”; a igreja do Convento dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia de Aveiro, que já era igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, passou também a ser a Catedral da diocese.

Sobre o templo físico, o bispo de Aveiro destacou que se deu a “coincidência de ser necessário restaurar a frontaria da Catedral”, as obras começaram em outubro e “estão praticamente terminadas”, também foi “um incentivo” a entrarem.

“Temos alguns elementos na Catedral que precisam de ser restaurados. Agora foi aquilo que mais necessitava, é uma frontaria barroca os elementos tinham sido colocados colados à parede e isto precisou de uma volta muito grande, mas eu penso que coincidirem, o restauro da nossa igreja catedral com o jubileu, também foi uma graça de Deus”, conclui D. António Moiteiro.

PR/CB