Deus caminha connosco
PROJETO PASTORAL DA DIOCESE DE AVEIRO | 2024-2027
1. MENSAGEM DO BISPO DIOCESANO
Deus caminha connosco
Corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade
O Plano de Pastoral para o próximo triénio (2024-2027) tem três palavras-chave: corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade. Identificados que estão os desafios a ter presentes ao longo deste período, é necessário que estes sejam assumidos por todos e levados à prática em todas as comunidades cristãs.
A Carta Pastoral Deus caminha connosco, publicada aquando do encerramento do Ano Jubilar dos 600 anos da nossa Igreja Catedral, apresenta-se como o documento de onde emanam os princípios que nos irão orientar na caminhada sinodal que estamos a fazer.
Se a corresponsabilidade exige a participação de todos os batizados, não podemos falar de sinodalidade se não houver empenho e dedicação de todos neste caminho que estamos a trilhar. Todos devem assumir que a renovação exige conversão das pessoas e das comunidades.
A Igreja só se entende na corresponsabilidade ministerial, quando cada um se sente ao serviço dos outros, sendo fundamental aprender a ouvir-nos uns aos outros – bispo, padres, diáconos, religiosos e leigos; todos, todos os batizados.
A vivência do Ano Jubilar, bem como os 75 anos do nosso seminário de Aveiro, devem despertar em cada um de nós sentimentos de esperança, e sentirmo-nos chamados a colaborar na missão de sermos “peregrinos na esperança”.
A Igreja de Aveiro “reclama” que nos sintamos sempre mais Igreja em caminho de renovação. Esta para chegar a todos e mais longe, sem perder a essência e a alegria do Evangelho, tem de ser assumida efetivamente por todos.
Não pode haver renovação sem conversão pastoral, pois este é o caminho de renovação da Igreja, de mudança estrutural e metodológica. «A Igreja deve aprofundar a consciência de si mesma, meditar sobre o seu próprio mistério (…). Desta consciência esclarecida e operante deriva espontaneamente um desejo de comparar a imagem ideal da Igreja, tal como Cristo a viu, quis e amou, ou seja, como sua Esposa santa e imaculada (Ef 5,27), com o rosto real que a Igreja apresenta hoje. (…) Em consequência disso, surge uma necessidade generosa e quase impaciente de renovação, isto é, de emenda dos defeitos, que aquela consciência denuncia e rejeita, como se fosse um exame interior ao espelho do modelo que Cristo nos deixou de si mesmo» (EG 26).
A comunhão, tão necessária para que haja transformação/renovação, requer uma participação consciente e responsável. Procuremos estar em diálogo contínuo uns com os outros sob a ação do Espírito Santo. Não tenhamos medo de arriscar quando se trata de fazer opções pastorais. A diocese de Aveiro sonha com comunidades cristãs que coloquem Cristo ressuscitado no centro da sua vida, vivam a comunhão como o sinal visível dessa presença e formem discípulos missionários que saibam dar razões da sua fé.
Os desafios que atualmente se nos apresentam requerem uma identidade cristã mais pessoal e fundamentada; é fundamental dar razões da nossa fé no local de trabalho, no ambiente familiar, nos momentos de lazer ou diversão… São Pedro pede aos cristãos da Ásia Menor, e hoje a cada um de nós, «Confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça» (1Pe 3,15). Todos somos convidados – bispo, sacerdotes, diáconos, consagrados, leigos empenhados – a travar esta batalha na qual a formação cristã seja fruto do empenhamento de todos.
Que cada um se sinta entusiasmado e seja capaz de levar outros a concretizar este sonho que nos propomos para este triénio pastoral.
† António Moiteiro, Bispo de Aveiro
2. ORAÇÃO
Deus Criador e Deus de Amor,
Em Ti vivemos, nos movemos e existimos.
Envia-nos o Teu Espírito,
Para sermos discípulos de Cristo Ressuscitado,
vivermos com alegria e responsabilidade,
sermos fermento de esperança,
em comunhão com toda a Igreja,
com Maria, nossa Mãe,
e Santa Joana, nossa padroeira.
Por Cristo, nosso Senhor.
Ámen.
3. INTRODUÇÃO
“Eis o que diz o Senhor, não penseis mais no passado, pois vou realizar algo de novo algo novo, que já está a aparecer: não o notais? Vou abrir um caminho no deserto para dar de beber ao meu povo“. (cfr Is 43, 14-20).
Ao longo da história, a Igreja tem-se empenhado em compreender e adaptar o sonho de Deus para a humanidade. O processo de consulta no âmbito do Sínodo “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”, revelou na sua síntese a importância de uma permanente leitura crente da realidade diocesana, de modo que as opções pastorais tornem visíveis o Reino de Deus anunciado e testemunhado por Jesus.
Assim, a síntese diocesana da consulta Sinodal, juntamente com a Carta Pastoral do nosso Bispo, D. António Moiteiro, intitulado Deus caminha connosco, de 11 de maio de 2024, são guias valiosos e sinais de esperança para compreendermos o plano divino na realidade atual em que vivemos, nos movemos e existimos.
1. O Sonho de Deus
Deus sonha com um mundo onde todos sejam corresponsáveis na construção do seu Reino, vivendo em comunhão, paz, justiça e amor[1]. Um mundo onde não haja nem sofrimento, nem pobreza, nem guerra. Um mundo em que cada pessoa realize plenamente os dons e carismas que recebeu para viver a aliança com o Criador[2]. Esse sonho, presente desde sempre na Sagrada Escritura, revela-se na pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, abrindo-nos ao infinito amor misericordioso de Deus por cada um de nós[3].
Eis o convite que o Papa Francisco nos faz enquanto Igreja, quando diz: “Olhemos para Jesus! (…) Reconheçamos a nossa fragilidade, mas deixemos que Jesus a tome nas suas mãos e nos lance para a missão. Somos frágeis, mas portadores dum tesouro que nos faz grandes e pode tornar melhores e mais felizes aqueles que o recebem. A ousadia e a coragem apostólica são constitutivas da missão”[4].
2. O Sonho para a Nossa Realidade
O sonho para a nossa realidade, será sempre uma opção missionária “capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação”[5].
Para compreendermos o sonho de Deus no hoje da nossa realidade, é urgente ter presente a realidade humana, social, cultural e eclesial em que vivemos, pois “a Igreja, na sua relação com o mundo e cultura atuais enfrenta grandes desafios e reclama-se um outro modo de presença, onde se acolhe e se escuta”[6].
Por isso, é necessário iniciar processos e caminhos de renovação e de reforma, seja pela conversão pessoal de cada batizado, seja pela renovação das estruturas, seja pela escuta atenta do que o Espírito diz à Igreja de Aveiro, conforme nos indicou o processo de consulta Sinodal da nossa Diocese[7].
Todos temos os nossos sonhos, mas o mundo de hoje enfrenta diversos desafios, tais como a desigualdade social, a degradação ambiental, a fragilização dos valores familiares e a crise de fé, aos quais devemos contribuir de modo vital para mostrar o caminho da alegria e da esperança que se renova em Jesus Cristo[8].
No contexto específico da nossa Diocese, podemos identificar desafios como a diminuição do número de fiéis, a pouca prática religiosa, o envelhecimento da população, o número crescente de imigrantes e a dificuldade de cada cristão em comprometer-se e sentir-se corresponsável na vida e missão da Igreja. Perante esta realidade não devemos ceder na missão de anunciar a Boa-Nova, mas estar disponíveis para um caminho de rejuvenescimento, formação, renovação, revitalização e conversão à lógica do Reino na igreja diocesana, na qual não podemos enfrentar a realidade com sentimentos negativos, nem nos fecharmos nos muros das nossas Igrejas, pois é necessário atualizar “o sonho”, o que implica estar preparados para acolher as surpresas de um caminho, onde todos e tudo deve ser considerado (cfr. Mt 1, 20) para bem da missão confiada a esta Igreja particular[9].
3. Um Sonho Vivo e Dinâmico
Diante dos desafios presentes na nossa realidade diocesana, o sonho de Deus atualiza-se e torna-se ainda mais relevante. É preciso que a Igreja, como comunidade de fé, se envolva na construção de um mundo mais justo e fraterno, à luz do Evangelho[10].
Queremos corresponder ao sonho de Deus, e, para isso, são necessárias ações concretas e transformadoras, sendo fundamental que a Igreja promova a justiça social, defenda os mais vulneráveis, cuide da Casa Comum, atenda às realidades e transformações culturais e ao diálogo inter-religioso, mas, acima de tudo, que a Igreja de Aveiro se renove. Logo, temos de fazer opções pastorais que estimulem e consciencializem a todos no papel premente e importante da corresponsabilidade ministerial, na presença eclesial no território e nos organismos e pessoas que são rosto da igreja diocesana[11].
4. Cristo Ressuscitado
Como refere o Papa Francisco, Deus é especialista em transformar crises em sonhos, pois Ele abre as crises a novas perspectivas que não imaginávamos antes, talvez não como esperamos nem idealizamos, mas como Ele sabe e nos desperta[12]. Na Páscoa, somos convidados a fazer este caminho dos sonhos, um caminho novo, tal como nos despertam a viver os discípulos de Emaús. Um caminho de encontro com Cristo Ressuscitado que nos desafia, como seus discípulos missionários, a testemunhar com entusiasmo o encontro com Ele e a reconhecê-lo ao partir do Pão.
Somos chamados a viver este sonho de Deus, confiando com esperança no horizonte que se abre à Igreja diocesana, sempre cheio de caminhos belos e surpreendentes ao viver o esplendor da ressurreição, para a Igreja sinodal em missão[13].
4. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA
Deus caminha conosco, sempre, e a experiência dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) iluminam o caminho de cada um de nós, à luz do encontro com Jesus ressuscitado. Eles vivem essa alegria do encontro com Jesus, depois de passarem pelo desânimo, pela falta de esperança e pela experiência da perda[14].
O projeto diocesano para este triénio, tem como sentido último, ajudar todos a viverem radiantes a alegria do encontro com Cristo Ressuscitado, de modo que O possamos reconhecer em todas as realidades diocesanas e comunitárias, tal como nos refere o papa Francisco:
“Cada um de nós encontrou o Senhor e tem dificuldade de falar sobre isto. Cada um de nós poderia dizer muito sobre isto: ver como o Senhor nos tocou, e partilhá-lo: não querendo ser um mestre para os outros, mas partilhando os momentos únicos em que percebemos o Senhor vivo e próximo, que acendeu a alegria nos nossos corações ou enxugou as nossas lágrimas, que transmitiu confiança e consolação, força e entusiasmo, ou perdão, ternura. Estes encontros, que cada um de nós teve com Jesus, devem ser partilhados e transmitidos. É importante fazê-lo na família, na comunidade, com os amigos.”
O modelo de vida e ação pastoral é aquele que permite uma maior fidelidade a Jesus, ao seu Evangelho e ao seu modo de agir: caminhar com as pessoas, conhecer a realidade das suas vidas, seus problemas e anseios, para lhes anunciar a salvação, pois “quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (EG 1).
Assim sendo, o episódio dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ajudar-nos-á a enquadrar biblicamente os objetivos deste ano e do triénio, em termos de método – fazer caminho, escutar, discernir, formar, enviar – e de fundamento – “quando nos reunimos no seu amor Ele nos explica o sentido das Escrituras e nos reparte o pão da vida”. Jesus não é apenas Aquele que caminha sempre connosco, mas também Aquele que conduz o nosso caminho. É Ele o pastor que nos guia, é Ele o mestre que ensina os discípulos e ajuda-os a encontrar o sentido para a vida, tal como nos recorda o papa Francisco: “Cristo ressuscitado é Aquele-que-parte-o-pão e, simultaneamente, o Pão-partido-para-nós. E, por conseguinte, cada discípulo missionário é chamado a tornar-se, como Jesus e n’Ele, graças à ação do Espírito Santo, aquele-que-parte-o-pão e aquele-que-é-pão-partido para o mundo”[15].
A viagem para este triénio será a maior riqueza da vida diocesana e o maior tesouro, na medida em que deixamos Ele entrar para ficar connosco, presidindo às nossas vidas e às nossas comunidades, mas também viver com o coração ardente, colocando os pés ao caminho.
No repartir do Pão, na Eucaristia, vivemos o encontro com Jesus vivo e presente, sacrifício e doação, luz e amor, para fazermos um caminho onde se renovam todas as coisas a partir d’Ele. Somos caminho no Caminho, onde arde nos corações dos fiéis o Lume Novo, a Páscoa de Jesus, para vivermos “exultantes de alegria” (Salmo 126,3).
5. IMAGEM E COMUNICAÇÃO
Mel | Colmeia | Favos | Abelhas – (descarregue imagem)
O estímulo a empreender este caminho de corresponsabilidade, sinodalidade e ministerialidade, é para ser vivido com ardor, laboriosidade e comunhão. Assim, somos todos convidados, a viver e a sermos, a diocese de Aveiro e suas comunidades, como colmeias, respondendo aos apelos da Igreja neste tempo, recuperando a vitalidade da vida cristã e o desenvolvimento integral da pessoa humana[16].
1. O mel, símbolo de Cristo
O mel produzido pelas abelhas na colmeia é, frequentemente, considerado um símbolo do próprio Cristo. A sua doçura e pureza aludem à natureza divina de Jesus, enquanto o seu poder curativo e nutritivo representa a salvação e a graça[17].
2. A Igreja e os Cristãos
A colmeia é uma metáfora para falar da Igreja. Nesta, existe a cooperação da comunidade na vida dos fiéis, tal como o trabalho das abelhas. Estas tiram das flores apenas o que serve para o mel, tal como recorda São Basílio: “Como as abelhas sabem tirar das flores o mel, diferenciando-se dos outros animais que se limitam a gozar do perfume e da cor das flores (…). Elas não vão indistintamente a todas as flores, nem sequer procuram tirar tudo das flores nas quais pousam, mas tiram só o que serve para a elaboração do mel, e deixam o resto”[18]. A colmeia remete-nos para a Igreja, organizada e ordenada, com todo o Povo de Deus, a desempenhar as suas funções e ministérios para viver com fé, esperança e caridade.
3. Comunidades
Os favos de mel representam a presença e participação na construção e revitalização da igreja local, de forma que nos tornemos cada vez mais famílias de famílias e comunidade de comunidades, capazes de partilhar juntos os dons, carismas e ministérios, respondendo todos à sua vocação batismal, assumindo um papel mais ativo, para sermos uma Igreja que seja sinal de comunhão. Assim, a colmeia será fortalecida por haver um maior e melhor entrosamento entre todos – grupos, movimentos, paróquias, arciprestados e dioceses -, em “que todos se sintam parte integrante de uma Igreja viva e onde possam dispor e render os dons recebidos”[19].
4. Virtudes e qualidades cristãs
As abelhas são conhecidas por serem laboriosas, diligentes e cooperantes, o que radica a vida cristã, no discipulado missionário, em que não somos apenas chamados a seguir Jesus no seu agir, no seu estilo de vida, no seu ministério, mas a tomar a cruz e segui-lO (cfr. Mc 8,34).
5. Ressurreição
A colmeia, constituída por hexágonos, é fruto do trabalho das abelhas, reportando-nos para o Círio Pascal, produzido com o mel das abelhas, onde a criação torna-se portadora dessa luz, que é Cristo Ressuscitado, a Luz da Páscoa Florida. Quando o néctar se transforma em mel, pode ser considerado como uma metáfora da transformação do corpo físico durante a ressurreição da morte para a vida eterna.
6. LINHAS ORIENTADORAS PARA REPENSAR A VIDA DIOCESANA
«A Igreja deve aprofundar a consciência de si mesma, meditar sobre o seu próprio mistério (…). Desta consciência esclarecida e operante deriva espontaneamente um desejo de comparar a imagem ideal da Igreja, tal como Cristo a viu, quis e amou, ou seja, como sua Esposa santa e imaculada (Ef 5,27), com o rosto real que a Igreja apresenta hoje. (…) Em consequência disso, surge uma necessidade generosa e quase impaciente de renovação, isto é, de emenda dos defeitos, que aquela consciência denuncia e rejeita, como se fosse um exame interior ao espelho do modelo que Cristo nos deixou de si mesmo» (EG 26).
Papa Francisco
O Projeto pastoral diocesano de 2024-2027 tem como objetivo geral:
Promover e animar
processos de corresponsabilidade e ministerialidade
para uma identidade cristã numa Igreja sinodal.
6.2. Objetivos pastorais do triénio 2024-2027
- Dinamizar as caminhadas do Advento/Natal e Quaresma/Páscoa na busca e vivência da identidade cristã: ser discípulo missionário de Cristo ressuscitado.
- Viver o Ano Jubilar na Diocese, assumindo e vivendo a esperança como raiz da identidade cristã.
- Implementar o novo itinerário catequético, assumindo e vivendo a fé como raiz da identidade cristã.
- Instituir o serviço da animação sócio-caritativa, assumindo a caridade como raiz da identidade cristã.
- Reavivar o dom do amor e do serviço no seio da família, enquanto Igreja doméstica.
- Promover a fraternidade sem fronteiras, repensando o acolhimento eclesial diocesano e das suas comunidades.
- Viver os 75 anos do seminário (14-11-1951), promovendo uma verdadeira cultura vocacional.
- Sensibilizar o povo de Deus e formar os agentes de pastoral, na corresponsabilidade, ministerialidade e sinodalidade.
- Organizar, discernir e implementar novas formas de presença da Igreja no território, considerando novos ministérios, serviços e processos de discernimento e decisão.
- Conhecer os agentes de pastoral da nossa diocese e o seu perfil, a partir das várias estruturas de corresponsabilidade e organização pastoral.
- Repensar e reformar a Cúria diocesana.
- Cuidar da Casa Comum, promovendo nas comunidades cristãs e nos respetivos espaços, uma efetiva conversão ecológica e sugerir caminhos de atuação concreta com vista a uma ecologia integral.
- Valorizar o Dia do Senhor, recordando que a participação dos fiéis na celebração da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja.
- Evangelizar o povo de Deus, procurando através dos meios de comunicação social a promoção da dignidade humana e da comunhão eclesial.
- Implementar ações no âmbito da pastoral juvenil, onde os jovens sejam testemunhas de Cristo ressuscitado, levando o Evangelho aos outros jovens.
6.3. Objetivos pastorais para o ano 2024-2025
- Viver o Ano Jubilar na Diocese, assumindo e vivendo a esperança como raiz da identidade cristã.
- Implementar o novo itinerário catequético, assumindo e vivendo a fé como raiz da identidade cristã.
- Sensibilizar o povo de Deus e formar os agentes de pastoral, na corresponsabilidade, ministerialidade e sinodalidade.
- Organizar, discernir e implementar novas formas de presença da Igreja no território, considerando novos ministérios, serviços e processos de discernimento e decisão.
- Conhecer os agentes de pastoral da nossa diocese e o seu perfil, a partir das várias estruturas de corresponsabilidade e organização pastoral.
- Repensar e reformar a Cúria diocesana.
7. ´CALENDÁRIO DIOCESANO
OUTUBRO 2024 | ||
5 | sáb | Abertura do Ano Pastoral |
6 | dom | Semana Nacional da Educação Cristã [até dia 13] |
12 | sáb | Formação “Comunicar (com) Esperança” |
18 | sex | Vigília de Oração pelas Missões |
20 | dom | Dia Mundial das Missões |
NOVEMBRO 2024 | ||
03 | dom | Semana de oração pelos Seminários [até dia 10] |
08 | sex | Vigília de oração pelos Seminários |
09 | sáb | Ministros Extraordinários da Comunhão – formação |
16 | sáb | “Corresponsabilidade, sinodalidade e ministérios. Formar para a Renovação” – Jornada de formação |
17 | dom | Dia Mundial do Pobre |
23 | sáb | Celebração diocesana do Dia Mundial da Juventude |
23 | sáb | Ministros Extraordinários da Comunhão – formação |
DEZEMBRO 2024 | ||
01 | dom | Domingo I do Advento – D. António Moiteiro celebra na Sé [19h] |
02 | seg | Recoleção do clero |
21 | sáb | Partilha diocesana da Luz da Paz de Belém |
29 | dom | Abertura Solene do Ano Jubilar – Porta Santa – Sé |
JANEIRO 2025 | ||
26 | dom | Jubileu dos Diáconos Domingo da Palavra de Deus |
28 | ter | Formação interdiocesana do Clero [até dia 30] |
FEVEREIRO 2025 | ||
2 | dom | Jubileu dos Consagrados |
MARÇO 2025 | ||
5 | qua | Quarta-feira de Cinzas |
5 | qua | Recoleção do Clero |
8 | sáb | Peregrinação diocesana a Fátima |
9 | dom | Domingo I da Quaresma – D. António Moiteiro celebra na Sé [19h] com inscrição de catecúmenos para batismo |
22 | sab | Jubileu dos Agentes/Educadores Cristãos |
24 | seg | 250 anos da execução do breve Militantis Ecclesiae gubernacula [instituição da diocese de Aveiro] e elevação da Igreja da Misericórdia a catedral de Aveiro |
28 | sex | 24 horas para o Senhor |
ABRIL 2025 | ||
6 | dom | Jubileu dos Doentes |
13 | dom | Domingo de Ramos na Paixão do Senhor |
17 | qui | Missa Crismal Quinta-feira Santa |
18 | sex | Sexta-feira Santa |
19 | sáb | Sábado Santo |
20 | dom | Domingo de Páscoa |
MAIO 2025 | ||
4 | dom | Semana de oração pelas Vocações [até dia 11] |
10 | sáb | Jubileu da Criança e do Adolescente |
11 | dom | Domingo do Bom Pastor |
12 | seg | Dia de Santa Joana Princesa, padroeira da diocese |
18 | dom | Bênção de Finalistas |
26 | seg | Semana Nacional da disciplina de EMRC |
JUNHO 2025 | ||
1 | dom | Ascensão do Senhor Jubileu das Famílias |
8 | dom | Domingo de Pentecostes |
19 | qui | Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo |
27 | sex | Sagrado Coração de Jesus Jubileu dos Sacerdotes |
JULHO 2025 | ||
6 | dom | Assembleia e Jubileu Diocesano |
NOVEMBRO 2025 | ||
16 | dom | Jubileu dos Pobres |
23 | dom | Jubileu dos Jovens | DMJ |
DEZEMBRO 2025 | ||
14 | qui | Jubileu dos Reclusos |
28 | dom | Encerramento do Ano Santo na Diocese – Sé |
[1] RSi, n.1a: “Um fruto inestimável é a acrescida consciência da nossa identidade de Povo fiel de Deus, dentro do qual cada um é portador de uma dignidade que deriva do Batismo e é chamado à corresponsabilidade pela missão comum de evangelização“;
Cfr. RCEP, n.1.2:a-c.
[2] RSi, 8a: “Os sacramentos da iniciação cristã conferem a todos os discípulos de Jesus a responsabilidade da missão da Igreja. Leigos e leigas, consagradas e consagrados, e ministros ordenados têm igual dignidade. Receberam carismas e vocações diversas e exercem papéis e funções diferentes, todos eles chamados e nutridos pelo Espírito Santo para formar um só corpo em Cristo. Todos discípulos, todos missionários, na vitalidade fraterna de comunidades locais que experimentam a suave e confortante alegria de evangelizar. O exercício da corresponsabilidade é essencial para a sinodalidade e é necessário a todos os níveis da Igreja. Todo o cristão é uma missão neste mundo”
[3] RSi, n.15:e-f.
[4] GEx, n.131.
[5] EG, n. 27.
[6] SdA, n. 9.
[7] SdA, n. 30.
[8] Cfr. RSi, 8d; SdA, nn. 44-45; RCEP, n.4.2:a-d.
[9] cf. RSI, n. 14b-e; SdA, n.
[10] cf. RSI, n. 4.
[11] Cf. FRANCISCO, Discurso aos participantes na Assembleia Geral do Movimento dos Focolares, 6.2.2021; As crises são uma bênção, inclusive no plano natural — as crises da criança no seu crescimento até à maturidade são importantes — também na vida das instituições. Falei longamente sobre isto no meu recente discurso à Cúria Romana. Há sempre a tentação de transformar a crise em conflito. O conflito é negativo, pode tornar-se negativo, pode dividir, mas a crise é uma oportunidade para crescer. Cada crise é chamada a uma nova maturidade; é um tempo do Espírito, que suscita a exigência de realizar uma atualização, sem desanimar perante a complexidade humana e as suas contradições.
RSi, n. 12b-c; 9b-e; SdA, nn. 30-32.
[12] Cfr. FRANCISCO, Angelus, 18.12.2022.
[13] Cfr. FRANCISCO, Angelus, 18.12.2022.
[14] Cfr. FRANCISCO, Audiência geral, 7.2.2024.
[15] FRANCISCO, Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2023, 6.01.2023, n.2.
[16] JOÃO PAULO II, Visita “Ad limina apostolorum” aos bispos da Bélgica, 18.09.1982.
[17] Livro das Horas de Sforza (séc. XV); Fresco da Basílica de São Clemente em Roma (séc. XII); Obra “O apicultor” de Marc Chagall (1958). Em alguns santos, encontram-se referências à abelha, nomeadamente em: Santo Ambrósio (compara a eloquência de Jesus ao doce néctar da abelha); São João Crisóstomo (usa como metáfora para a laboriosidade e a organização da Igreja) e São Bernardo de Claraval (considerava a abelha um símbolo do Espírito Santo).
[18] S. BASÍLIO, Oratio ad adolescentes, n.4;
PIO XII, 27.11.1948: “As abelhas são modelos de vida e atividade social, nos quais cada classe tem o dever de realizar e o executa exatamente – é quase tentado a dizer conscienciosamente – sem inveja, sem rivalidade, na ordem e posição atribuída a cada um com cuidado e amor… Ah, se os homens pudessem e ouvissem a lição das abelhas: se cada um soubesse como fazer seu dever diário com ordem e amor no posto atribuído a ele pela Providência; se todos soubessem como desfrutar, amar e usar na harmonia íntima da lareira doméstica os pequenos tesouros acumulados longe de casa durante seu dia de trabalho: se os homens, com delicadeza, e para falar humanamente, com elegância, e também, falar como cristãos, com caridade em suas relações com seus semelhantes, só se beneficiassem da verdade e da beleza concebida em suas mentes, da nobreza e bondade transportadas nas profundezas íntimas de seus corações, sem ofender por indiscrição e estupidez, sem sujar a pureza de seu pensamento e seu amor, se eles soubessem como assimilar sem ciúme e orgulho as riquezas adquiridas pelo contato com seus irmãos e desenvolvê-las por sua vez por reflexão e pelo trabalho de suas próprias mentes e corações; se, em uma palavra, eles aprendessem a fazer por inteligência e sabedoria o que as abelhas fazem por instinto – quão melhor o mundo seria.
[19] RCEP, III.