
“Fracassos na corte” em cena a 15 de março
Fracassos da Corte
No Jubileu dos 600 anos da primeira pedra da nossa Catedral, desafiámos a companhia Start-Teatro a levar à cena “Fracassos da Corte”, uma peça de 1682 sobre Santa Joana.
Será uma só sessão, no próximo dia 15 de março pelas 21h00 no Cinte-Teatro de Estarreja.
O espetáculo tem entrada gratuita e contamos com o esforço de todos para que a sala se componha para este momento cultural. É um momento único, será apenas a segunda vez que a peça é exibida desde que o original foi descoberto no Museu de Aveiro. Traduzido pelo saudoso Padre Franclim, foi levado à cena no Auditório do Seminário de Aveiro em 2017.
Sinopse:
Este espetáculo conta a história da Princesa Joana de Portugal, herdeira do trono, que desafiou as expectativas da Corte e do povo ao escolher a vida religiosa em vez do casamento com o Delfim de França.
Senhora de grande fortuna e beleza, Joana preferia cilícios e penitências a ornatos e jóias. A sua profunda devoção levou-a a renunciar ao poder e à riqueza para seguir sua vocação. O seu irmão, o Príncipe D. João, com 15 anos mas de frágil saúde, e as constantes viagens a África de seu pai, o Rei D. Afonso V, obrigavam Joana a estar disponível para assumir a sucessão.
Numa tentativa de a cortejar, o Delfim da França, veste-se de mulher e disfarçado de Camila procura impedir Joana de seguir a vida de religiosa e aceder a casar-se. Mas a sua fé inabalável impede-a de ceder.
Em 1471, entre intrigas e conflitos, Joana renuncia à regência do reino e segue o seu destino, entrando no Mosteiro de Aveiro. Assistimos assim a uma “Corte que fracassa”, uma vez que não consegue cativar a Princesa, nem sobrepor-se aos desígnios divinos.
Entre princesas e reis, bobos e pretendentes, cortesãs e confidentes, “Fracassos da Corte” é uma história inspiradora sobre fé, coragem e a busca pela felicidade.
Sobre o autor:
Giovanni Maria Muti foi um frade dominicano e dramaturgo italiano. Nasceu em 1649 em Milão e faleceu em 1727 em Roma. Escreveu diversas peças de teatro, principalmente sobre temas religiosos. “Fracassos da Corte” é considerada a sua obra mais importante. Embora originalmente escrita em italiano em 1682, “Fracassos da Corte” ganhou tradução para o português apenas em 2017. A peça destaca-se como um marco histórico, oferecendo um olhar singular sobre a religiosidade e os conflitos sociais da época.