Tarefas do animador vocacional

O animador vocacional tem regra geral[1]:

  1. Saber criar condições para que Deus chame e reconhecer os sinais da presença de Deus. Deste espera-se o testemunho de vida que convida os discípulos a vir e ver o que é a acção de Deus.
  2. A missão de acolher, ajudando o /a jovem a aceitar e integrar os eventos quotidianos de vida e não deixar crescer a fragmentação de vida.
  3. Estar atento às propostas pastorais diocesanas de valor vocacional, de modo a poder convidar e motivar os jovens a nelas participar, seja para a vida consagrada, seja para a vida matrimonial.
  4. Tenha consciência da importância da oração pelas vocações na pastoral vocacional, sendo promotor e animador para os outros.
  5. Ir confrontando o jovem com a verdade sobre si, sobre Deus, a Igreja no mundo de hoje. Assim pretende-se ajudar os seus destinatários a chegar a uma maior liberdade. O conhecer-se com verdade significa que também o jovem vá descobrindo o bem que existe em si. Do mesmo modo, também se ajuda a que o jovem vá percorrendo um caminho de personalização, o que significa o reconhecimento das suas próprias debilidades e valores enganadores. Este confronto permite orientar, dar apoio, purificar, descobrir a autenticidade, dar segurança a decisões apoiadas em elementos subjectivos, objectivamente descobertos e assumidos.
  6. O animador tem uma função pedagógica, que em equilíbrio, em paciência e em abertura ao diálogo. Por aqui guia em vista da personalização no Espírito Santo. Neste caminho importa assumir um estilo de linguagem a propor a vocação, mas sem manipulação.
  7. O animador cuida ainda da missão de apontar caminho, sabendo reconhecer o passado e orientando para o futuro, olhando com cuidado para o projecto de vida.
  8. Por fim, importa cuidar da flexibilidade, que sabe que os dinamismos de crescimento não são lineares; por outro lado, demasiada rigidez nas propostas e exigência não costumam deixar espaço à abertura dos jovens.

A nível paroquial o cuidado assenta sobretudo nos quatro primeiros aspectos, sendo os restantes dois bons e se possíveis desejáveis, mas mais vocacionados para um acompanhamento mais especializado.


[1] Cf. Mario Oscar Llanos, 415-416.