II Domingo do Advento – Ano B
Mensagem dominical das paróquias de Torreira e São Jacinto
Neste segundo domingo de Advento a liturgia lança um desafio a “Preparar o caminho do Senhor”. Como poderei preparar esse caminho? Procurando em cada momento focar a minha atenção no essencial. Muitas vezes, estamos demasiado distraídos que não valorizamos a chegada de Alguém importante na nossa vida, os pais, os familiares e os amigos, mas em primeiro lugar este Mistério de Amor que ao assumir a condição Humana abre para nós as portas à salvação. A liturgia deste domingo apresenta João Baptista que aponta para Aquele que é Superior a ele e do qual não se acha digno de desatar as correias das Suas sandálias. Preparar o caminho significa tirar as pedras que me impedem de fazer um caminho seguro. Este é o desafio do Advento, chegar ao Natal purificado de modo acolher Jesus que se manifesta em cada próximo que encontramos.
A Leitura do Livro de Isaías, um profeta anónimo da época do Exílio garante aos exilados a fidelidade de Deus e a sua vontade de conduzir o Povo – através de um caminho fácil e direito – em direção à terra da liberdade e da paz. Ao Povo, por sua vez, é pedido que dispa os seus hábitos de comodismo, de egoísmo e de autossuficiência e aceite, outra vez, confrontar-se com os desafios de Deus.
A Leitura de São Pedro, aponta para a parusia, a segunda vinda de Jesus. Convida-nos à vigilância, isto é, a vivermos dia a dia de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-nos na transformação do mundo e na construção do Reino. Se os crentes pautarem a sua vida por esta dinâmica de contínua conversão, encontrarão no final da sua caminhada terrena “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.
O Evangelho de São Marcos, João Baptista convida os seus contemporâneos (e, claro, as pessoas de todas as épocas) a acolher o Messias, aquele que traz a Boa Notícia da salvação. A missão do Messias – diz João – será oferecer a todos esse Espírito de Deus que gera vida nova e permite viver numa dinâmica de amor e de liberdade. No entanto, só poderá estar aberto à proposta do Messias quem tiver percorrido um autêntico caminho de conversão, de transformação, de mudança de vida e de mentalidade.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São Marcos
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Apareceu João Baptista no deserto
a proclamar um batismo de penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu batizo-vos na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo».
Palavra da Salvação

O Papa aos Focolarinos: sejam testemunhas e construtores da paz de Cristo
Agradeço-lhes por terem vindo celebrar o 80º aniversário da fundação do Movimento dos Focolares, também conhecido como Obra de Maria. Foram as palavras com as quais o Santo Padre agradeceu aos focolarinos na manhã desta quinta-feira, 7 de dezembro, ao recebê-los na Sala do Consistório, no Vaticano, por ocasião dos 80 anos de fundação do Movimento.
Francisco lembrou que este aniversário coincide com o dia em que a Serva de Deus Chiara Lubich decidiu consagrar-se totalmente ao Senhor. A partir de uma inspiração recebida em um contexto de vida absolutamente ordinário – enquanto fazia compras para a família – surgiu um ato radical de doação a Deus, como resposta ao chamado que ela sentia doce e forte em seu coração.
Unidade também significa harmonia: unidade harmônica
Era 7 de dezembro de 1943, em Trento, no auge da guerra; na véspera da Solenidade da Imaculada Conceição, o “sim” de Maria se tornou o “sim” de Chiara, gerando uma onda de espiritualidade que se espalhou pelo mundo, para dizer a todos que é belo viver o Evangelho com uma simples palavra: unidade. Mas unidade também significa harmonia: unidade harmônica, observou o Pontífice.
Em seu discurso, Francisco reiterou o convite ao Movimento feito em fevereiro de 2021, ocasião em que ressaltou três atitudes que são importantes para seu caminho: viver com fidelidade dinâmica o seu carisma, acolher os momentos de crise como uma oportunidade de amadurecer, encarnar sua espiritualidade com coerência e realismo. E o fez para encorajá-los a vivê-los e promovê-los segundo três linhas: a maturidade eclesial, fidelidade ao carisma e compromisso com a paz.
Fidelidade ao carisma
Com relação à segunda linha, fidelidade ao carisma, lembro-lhes de algumas palavras de sua Fundadora. Ela costumava dizer: “Deixem apenas o Evangelho para aqueles que os seguem. Se vocês fizerem isso, o ideal da unidade permanecerá (…). O que permanece e sempre permanecerá é o Evangelho, que não sofre o desgaste do tempo”. Semeiem, por favor, a unidade levando o Evangelho, sem nunca perder de vista a obra da encarnação que Deus continua a querer realizar em nós e ao nosso redor por meio do seu Espírito, para que Jesus seja uma boa notícia para todos, sem excluir ninguém, e “para que todos sejam um”.

O Papa à Imaculada: trazemos sob o vosso olhar tantas mães que estão sofrendo
O Papa deixou o Vaticano na tarde desta sexta-feira (08/12). Primeiro, Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior para um momento de veneração diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, ocasião em que realizou um ato histórico: ofereceu a “Rosa de Ouro” ao ícone da Virgem Maria, um gesto acompanhado em oração pelos fiéis, peregrinos, religiosos e religiosas presentes. Diante da imagem, o Pontífice rezou em silêncio e, em seguida, se dirigiu até a Praça de Espanha, para o ato de veneração à Imaculada Conceição.
A Praça de Espanha estava repleta de fiéis romanos e turistas. O Papa foi recebido pelas autoridades municipais, entre elas o prefeito Roberto Gualtieri, e por seu vigário para a Diocese de Roma, cardeal Angelo Di Donatis. Em sua oração, feita aos pés do monumento dedicado a Nossa Senhora após ser depositado um cesto de rosas brancas, o Papa se dirigiu à Virgem dizendo: “Nós nos dirigimos a vós com nossos corações divididos entre a esperança e a angústia”.
Pelos povos oprimidos pela guerra
Francisco pediu a Maria pelos povos oprimidos pela guerra, pela injustiça e pela pobreza: Mãe, voltai vossos olhos de misericórdia para todos os povos oprimidos pela injustiça e pela pobreza, provados pela guerra; olhai para o atormentado povo ucraniano, para o povo palestino e para o povo israelense, mergulhados novamente na espiral da violência.
Pelas mães que sofrem por seus filhos
O Santo Padre pediu pelas mães que, por diferentes motivos, em tantas partes do mundo, sofrem por seus filhos: Mãe Santíssima, trazemos aqui, sob vosso olhar tantas mães que, como vos ocorreu, estão sofrendo. Mães que choram seus filhos mortos pela guerra e pelo terrorismo. As mães que os veem partir para viagens de desesperada esperança. E também as mães que tentam libertá-los das amarras do vício, e aquelas que os assistem em uma doença longa e difícil.

Palavra de Vida (Dezembro)
«Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus». (1Ts 5,16-18)
O fio condutor destas prementes exortações não é apenas aquilo que Deus espera de nós, mas quando: sempre, sem cessar, em todas as circunstâncias.
Mas será possível mandar alguém alegrar-se? Todos nos sentimos por vezes assolados por problemas e preocupações, por sofrimentos e angústias, sobretudo quando nos deparamos com uma realidade social árida e hostil. No entanto, para Paulo, há um motivo pelo qual é sempre possível ter “aquela alegria” a que ele se refere. Dirige-se a cristãos, por isso recomenda que levem a sério a vida cristã, para que Jesus possa viver neles com a plenitude que Ele prometeu após a ressurreição. É o que também nós podemos experimentar: Ele vive naqueles que amam, e qualquer pessoa pode percorrer o caminho do amor com o desapego de si mesmo, com o amor gratuito pelos outros, aceitando a ajuda dos amigos, mantendo viva a confiança de que “o amor vence tudo”[1].

