Sex. Mar 29th, 2024
Notícia e foto recolhidas da Agência Ecclesia

O Grupo de Trabalho Inter-Religioso | Religiões-Saúde promove, dia 12 deste mês, às 11h30, em Lisboa, uma conferência de imprensa na qual pretende “reiterar a sua oposição à legalização da eutanásia e suicídio assistido em Portugal”

Na conferência, a realizar no Auditório da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, em (na rua de São Tomás de Aquino n.º 20, os signatários da Declaração «Cuidar até ao fim com compaixão» vão renovar as afirmações constantes do documento, onde, em síntese, é sublinhada “a dignidade de quem sofre” e onde é lançado um apelo a “uma sociedade misericordiosa e compassiva” e, sobretudo ao Estado, é pedida uma maior aposta na área dos cuidados paliativos, entendidos como “uma exigência inadiável”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

A Assembleia da República agendou para 20 de fevereiro o debate e votação de quatro projetos de lei com vista à legalização da eutanásia, apresentados pelo PS, Bloco de Esquerda, PAN e Os Verdes.

Um movimento de cidadãos lançou na sexta-feira uma recolha de assinaturas que tem como objetivo propor à Assembleia da República a realização de um referendo nacional sobre “a (des)penalização da morte a pedido”.

O movimento “#simavida” quer apresentar ao Parlamento uma Iniciativa Popular de Referendo considerando que “uma decisão tão grave e fraturante como a de despenalizar e legalizar certos casos de morte a pedido não deve ser tomada no interior dos partidos e nos corredores de São Bento.

Na sua mensagem para Dia Mundial do Doente 2020 (11 de fevereiro), o Papa reforça a sua oposição a projetos de legalização da eutanásia.

Dirigindo-se aos profissionais de saúde, Francisco pede que a sua ação vise “constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos de natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem sequer se for irreversível o estado da doença”.

O texto refere que, em certos casos, a objeção de consciência pode ser uma “opção necessária” para os católicos que trabalham neste campo.

Recorde-se que a assinatura da declaração comum teve lugar na Academia das Ciências de Lisboa e foi firmada a 16 de maio de 2018 por representantes da Aliança Evangélica Portuguesa, Comunidade Hindu Portuguesa, Comunidade Islâmica de Lisboa, Comunidade Israelita de Lisboa, Igreja Católica, Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, União Budista Portuguesa, União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia.

LFS/OC